Jaime de Medeiros Brito, nasceu em Jardim do Seridó-RN, no dia 1º de março de 1922, filho de José de Medeiros Brito e Francisca de Medeiros Brito. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar “Antônio de Azevedo” de sua cidade natal, concluindo o curso primário e complementar em 1936.
Desde cedo, manifestou sua vocação para arte musical, aprendendo as primeiras notas com o mestre Minervino em 1937, então regente da Banda de Música local “Euterpe Jardinense”. Logo demonstrou seu gosto pela música, assimilando com facilidade as lições que lhe eram ministradas, mesmo contrariando a vontade de seu pai, que também fora músico em sua mocidade.
Com a morte prematura de seu pai em 1940, o jovem Jaime se tornou arrimo de família, auxiliando sua mãe e apoiando-a no comando da atividade hoteleira, herdada de seu progenitor.
Em 1941 o jovem músico já participava ativamente da Banda de Música Euterpe Jardinense e propagava o seu talento ao iniciar-se como compositor de valsas, marchas, frevos e dobrados: sua primeira composição foi a Valsa Anita Costa em homenagem á sua amada com quem se casou em 13 de maio de 1944.
Logo veio o primeiro filho batizado com o nome do avô – José de Medeiros Brito Neto – que veio a falecer na primeira infância.Convocado para servir ao Exército Nacional em plena II Guerra Mundial, apresentou-se e foi incorporado ao 16º Regimento de Infantaria, em Natal. Como tinha aptidão, passou a integrar a Banda de Música do Regimento na graduação de 3º Sargento Músico. Terminada a guerra, em 08 de maio de 1945, foi posteriormente promovido a 2º Sargento Músico e em 1948 a 1º Sargento.
Em 17 de janeiro de 1947, nasceu em Natal o 2º filho do casal – Renan Roberto – bancário aposentado.Em 05 de maio de 1955, nasceu Rênio Ricardo, também nesta capital, cirurgião dentista residente em Portugal.Em 10 de julho de 1959, chegou a filha que faltava com o nome de Ridan Rosane, formada em Letras e funcionária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Em 1961 é transferido para servir no Regimento Escola de Infantaria, no Realengo, Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1972, quando passou para a reserva do Exército, no posto de 1º Tenente-R1, retornando à Natal onde fixou residência.
Em 1973, foi convidado para reger a Banda de Música “Euterpe Jardinense” em sua terra natal, permanecendo nessa função até 1983 quando foi nomeado Assessor Administrativo da Secretaria de Saúde do Estado, cargo que exerceu até 05 de julho de 1991, quando foi acometido de um acidente cardiovascular que o obrigou a afastar-se da atividade pública.
Cabe aqui um registro sobre as composições musicais de sua autoria: Anita Costa (valsa), Cônego Ambrósio (marcha), Saudades de Zuza (dobrado), João Vilar (Dobrado), Manoel Brito (dobrado), Hindemburgo Nunes (dobrado), Chiquinha Brito (marcha de procissão), Coração de Jesus (marcha de procissão), Padre Ernesto (marcha de procissão), Fefa Caldas (marcha de procissão), Nossa Senhora da Conceição (marcha de procissão), Rênio Ricardo (frevo), Aristóteles no frevo (frevo), entre outras e várias peças que compôs.
Jaime de Medeiros faleceu no dia 03/01/2006, deixando como legado uma vida totalmente dedicada a música.
Fonte: coretojs.blogspot.com
Realmente este mestre da música foi e será uma recordação para todos Jardinenses, eu conheci muito bem o saudoso Jaime, em uma oportunidade quando meu pai foi visitar Jardim do seridó, a Banda Euterpe Jardinense recebeu meu pai de braços abertos, pois meu pai fez parte da banda na decada de 50, e naquela visita o velho Jaime era o maestro,parabens pela matéria.
ResponderExcluirO Jaime e o Galinho , engrandeceram a Banda Eutrepe Jardinense , entre tantos outros. Devem está tocando no céu ! Galinho e sua fofoca que conduzia os padres para às viagens . Parabéns , à todos que estão resgatando a memória dos que se encantaram , há tempos .
ResponderExcluirMais uma grande lembrança! Parabéns e obrigado pelo belo texto!!
ResponderExcluirGilmar Costa de Azevedo
ResponderExcluirTive o privilégio de ser aluno do Sr. Jaime Brito na gloriosa Euterpe Jardinense e fui agraciado com um frevo de sua autoria. "Gilmar no Frevo" foi mais uma inspiração do saudoso Maestro, quando na ocasião, a Orquestra de Frevo por ele regida e da qual eu fazia parte, abrilhantava a tradicional Noite das Máscaras, na cidade de São Tomé no RN.
Nesta justa homenagem a Seu Jaime, não poderia deixar de ressaltar as valiosas lições de honestidade, companheirismo e educação, no mais puro sentido da palavra deixadas por ele, a todos aqueles que tiveram a honra e a graça de poder chama-lo de MESTRE.