sexta-feira, 30 de março de 2012

ACAMJA - AVISO





A diretoria da ACAMJA  - Associação Cultural, Artístico, Musical Jardinense avisa e convoca os associados para a  primeira Assembleia Geral bimestral do ano de 2012 que será realizada hoje na sede da referida instituição a partir das 19:30.

Desde já a diretoria agradece a presença de todos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

ARTE NA TELA... JARDIM DO SERIDÓ TRAVÉS DAS LENTES DE ZÉ RICARDO.



Amazan - Eu vou assumir - Gravado em Jardim do Seridó/RN

sábado, 24 de março de 2012

RODA DE SAMBA "SAMBA SÓ"


Em Jardim do Seridó, na década de 1980 e início da década de 1990, era tradição durante os carnavais os blocos saírem com suas batucadas formadas por instrumentos de bateria como taróis, surdos e treme-terras, repiques, agogôs, reco-recos e tamborins, executando sambas pelas ruas da cidade, e durante as paradas, conhecidas popularmente por “assaltos” nas casas de integrantes desses blocos carnavalescos para comerem petiscos e lanches, esses foliões costumavam executarem e também cantarem sambas populares como forma de diversão durante o período momesco.

Entre esses foliões estavam Edjanir Ramos de Azevedo que pertencia ao bloco carnavalesco “Desocupados” e Aldeniz Araújo de Azevedo, que naquele momento pertencia, juntamente com Edjanir do bloco: Desocupados. Este último, que já há algum tempo alimentava a idéia de criar um grupo de samba na cidade de Jardim do Seridó/RN e Aldeniz, que devido ser puxador de samba durante os carnavais em momentos como os tradicionais “assaltos”, dispunha de um repertório composto de músicas de samba, possuíam dentre outras, duas características em comum: o gosto pelo samba de raiz e a disposição em não só escutar, mas também em produzir o referido estilo musical.

Em determinada oportunidade no ano de 1992, os jovens amigos, Aldeniz e Edjanir estavam no “Bar o Canal”, conhecido popularmente por “Bar de Corrinha” – em referência a um dos proprietários, conhecido popularmente por “Corrinha” e dentre os assuntos discutidos durante aquele momento de lazer, surgiu por parte de Edjanir, a idéia de criarem um grupo de samba em Jardim do Seridó/RN. 

Essa idéia tinha sido antes alimentada por Edjanir, só que essas iniciativas foram frustradas devido há motivos não especificados, mas naquele momento, a idéia foi aceita com entusiasmo pelo amigo Aldeniz, que ao lado do primeiro, começaram a planejar os planos o desenvolvimento daquela iniciativa.

Pouco tempo depois, Aldeniz e Edjanir deram início aos ensaios – na casa de Edjanir, localizado à rua Joaquim Patúcio, nº 50, bairro Esplanada - Aldeniz cantando o seu vasto repertório de samba e executando o instrumento de percussão conhecido como tambora, e Edjanir tocando cavaquinho. Durante a realização dos ensaios, sentiu-se a necessidade da inserção de um violão, com isso, Aldeniz convidou o amigo (e violonista) Denilson Félix Aragão, conhecido como “Neném de Aragão” para fazer parte do grupo de samba. O jovem violonista Neném de Aragão aceitou prontamente o convite de Aldeniz, e uniu-se aos dois amigos naquela iniciativa musical.

Assim, Edjanir (cavaquinho), Aldeniz (voz e tambora) e Neném de Aragão (voz e violão), passaram a ensaiar as músicas que a cada dia enriquecia mais o repertório de samba. Todavia, devido principalmente ao ingresso de Neném de Aragão na Fundação Francisco Mascarenhas, a FIP- Faculdades Integradas de Patos, localizada no vizinho estado da Paraíba, o mesmo teve que abandonar o grupo. Para suprir a perda do violonista, os dois amigos tiveram a idéia de convidar o também violonista Itamar Santos da Silva para se unir ao grupo, o qual aceitando o convite passou a integrar àquele conjunto musical que viria a se chamar “Roda de Samba: Samba Só”.

Posteriormente, a convite do primo e amigo Itamar, José Araújo de Medeiros, mais conhecido como “Zé Araújo” passa a fazer parte da roda de samba como cantor e pandeirista.

No seu local de trabalho, na Indústria e Comércio Medeiros/SA, Zé Araújo, entusiasmado com as reuniões dos amigos que se encontravam durante algumas noites por semana para se divertirem “tomando umas”, tocando e cantando sambas, falava com o seu amigo e colega de trabalho Gilberto Valdeger de Azevedo, conhecido popularmente por Betão, que também era músico (baixista), como eram divertidos e instigantes aqueles ensaios, suscitando assim em Betão o desejo de participar daqueles encontros musicais com os amigos e conhecidos na residência de Edjanir. Desta forma, ao externar o interesse e a disponibilidade em fazer parte do grupo musical, Betão torna-se o baixista, daquela roda de samba. 

Outro amigo do jovem Edjanir, chamado Marcos Antônio do Nascimento, que trabalhava em uma marcenaria de propriedade do Senhor José Alexandre e que também consertava instrumentos de percussão, foi convidado pelo mesmo para integrar o grupo executando instrumentos de tal característica, o qual aceitando o convite, completa o sexteto musical que passaria a se chamar “Roda de Samba Samba Só”, juntamente com um amigo e colega de trabalho (Correios) de Edjanir que tinha por apelido “Nêgo Lira” que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do grupo musical com a aquisição de equipamentos e instrumentos musicais.

A partir daí, os amigos Edjanir, Itamar (in memorian), Aldeniz, Betão, Zé Araújo e  Marcos, juntamente com Nego Lira passaram a se reunir aos finais de semana e/ou dias da semana combinados antecipadamente, a princípio, na casa do integrante Edjanir e posteriormente na residência dos demais componentes, para se divertirem “tomando umas” ao som do samba,  inicialmente, sem qualquer vínculo. Aliás, durante esse período, o único compromisso que existia entre esses jovens era o comparecimento ao encontro dos amigos músicos nos ensaios, sendo estes encontros fundamentais para o estreitamento dos laços amistosos e contribuindo com o passar do tempo para a consolidação de uma relação fraterna entre os mesmos.

Quanto ao repertório inicial, foram selecionadas inicialmente, músicas de tradicionais compositores/grupos de samba como: Demônios da Garoa – considerado como maior influência musical para o Samba Só - Agepê, Martinho da Vila, Alcione, e outros músicos que faziam sucesso nas rádios e programas de TV, e no transcorrer do tempo, foram acrescentadas no repertório supracitado, obras de Zeca Pagodinho, Grupo Raça, Raça Negra dentre outros. Tal critério na escolha das músicas passa a caracterizar paulatinamente a qualidade e a essência do estilo musical produzido por àqueles amigos nas horas de lazer.


Como resultado do entrosamento e desenvolvimento musical dos jovens amigos, alguns indivíduos passaram a incentivar a profissionalização do grupo de samba. Tal afirmação pode ser percebida em alguns depoimentos de pessoas que admiravam aquele conjunto musical, depoimentos esses que foram preservados na memória de músicos como Adeniz quando lembra das palavras do pai do baixista Betão, conhecido popularmente “Chiquinho de Chagas”, considerado como apreciador e entendedor da música popular brasileira:  “Tenho na minha mente até hoje o que ele [Chiquinho de Chagas] disse, [quando] a gente [estava] cantando uma vez lá no bar dele: ‘O canto (lugar) de vocês é no palco.’” 

Assim sendo, a partir daquele momento, aqueles amigos que antes se reuniam para produzirem sambas como forma de lazer, passam a iniciar sua trajetória artístico musical apresentando o seu trabalho e seu repertório para o público geral, surgindo assim o grupo Samba Só.

Depois da primeira apresentação, realizada no “Bar de Botia”, o Samba Só obteve uma aceitação considerável por parte do público que prestigiou a sua estréia, despertando com isso, o interesse de produtores culturais locais e contratantes em geral, que os convidavam e os contratavam quase todos finais de semana para tocarem naquela cidade. 

A repercussão causada pelo Grupo Samba Só também despertou o interesse não só em Jardim do Seridó/RN, mas também em outras cidades do estado do Rio Grande do Norte e da Paraíba durante a sua história, ampliando o número de urbes em que se apresentavam como por exemplo: Acari/RN, Brejo do Cruz/PB, Caicó/RN, Carnaúba dos Dantas/RN, Cruzeta/RN, Cuité/PB, Currais Novos/RN, Equador/RN, Florânia/RN, Jucurutu/RN, Ouro Branco/RN, Parelhas/RN, Patos/PB, Pombal/PB, Santa Cruz/RN, São João do Sabuji/RN, São José do Sabuji/PB, São José do Seridó/RN, São Vicente/RN, Serra Negra/RN, Natal/RN, dentre muitas outras. Destacaram-se nesse período, as apresentações realizadas em algumas oportunidades no “Bar Amarelinho” na praia de Pirangi, no município de Parnamirim/RN, de propriedade do Sr. Luiz Dantas e no “Bar do Rio” no Natal Tur também em Pirangi/RN, estabelecimentos nos quais, o público era formado por turistas de diversas nacionalidades.

Com o crescente número de apresentações realizadas pelo Samba Só, conseqüentemente, outros músicos passaram a almejar o seu ingresso no grupo musical supracitado. Desta maneira, conforme as necessidades surgiam com o passar do tempo, como por exemplo, quando precisava de um tecladista ou baterista, o sexteto convidava um músico e em alguns momentos contratava-o – de acordo com as condições financeiras da roda de samba – em  Jardim do Seridó/RN ou em cidades circunvizinhas. Assim, desde sua fundação, já passaram e/ou fizeram parte do Samba Só os músicos: Nego Aldo (instrumentos de percussão), Nego Lira (instrumentos de percussão), Alan (teclado), Dió (instrumentos de percussão), Parcélio (teclado), Dedé de Maria (instrumentos de percussão), Flávio (instrumentos de percussão) e Frank (bateria). Atualmente, a formação do Samba Só é composta por: Gilberto Valdeger de Azevedo, conhecido pelo apelido de Betão (voz e contrabaixo), Denilson Félix Aragão, conhecido pelo apelido de Neném de Aragão (voz e violão), José
Araújo de Medeiros, conhecido pelo apelido de Zé Araújo (voz e pandeiro), Edjanir Ramos de Azevedo (cavaquinho), Adeniz Araújo de Azevedo (voz e tambôra), Marcos Antônio do Nascimento (percussão), Antônio Felizardo dos Santos (percussão), José Ivanaldo Silva – (flaura transversal) e Cristóvão (teclado).

Desde então o Samba Só realizou diversas apresentações, animando tardes de sol, domingueiras, carnavais, datas comemorativas, festas de padroeira etc., em todo Seridó, assim como em outras cidades do estado do Rio Grande do Norte, nunca fugindo do seu estilo musical, sempre escolhendo através de um criterioso processo de seleção, as músicas acrescentadas ao seu vasto repertório, contemplando renomados compositores da música nacional e também pratas da casa, como é o caso do grande sucesso: Exaltação a Jardim, uma composição do jardinense José Santos de Oliveira, conhecido popularmente como “Gonzaga” que é considerado por muitos como um dos hinos da cidade de Jardim do Seridó/RN.


Há algum tempo o Samba Só teve a idéia de criar um projeto social voltado para o público idoso em cidades do Seridó. A iniciativa consiste em realizar apresentações musicais nos abrigos dispensários da referida região, sem cobrar cachê, tendo a entidade apenas que custear a despesa do transporte dos equipamentos e músicos, transparecendo desta forma, o espírito de cidadania, vontade e disposição em contribuir socialmente e culturalmente com o próximo.

Atualmente, apesar do pouco tempo disponível, devido às obrigações de seus integrantes como trabalho, família e outros afazeres, o grupo Samba Só encontra-se atuante, realizando suas apresentações quando convidados nos mais diversos eventos culturais, e sempre quando possível, se reunindo aos finais de semana para “tomar umas” e se divertirem executando sambas como no início de sua trajetória, com a diferença de que se antes eram apenas amigos, hoje são pais de família, compadres e irmãos, que fazem do samba e da união entre os mesmos, a força motriz geradora do sentimento e da certeza de que a música é sim um alimento da alma. 


Texto: Antônio Júnior (Junhão)


Fonte:
DANTAS JÚNIOR, Antônio Ferreira. E Haja Samba... Histórias e Memórias do Samba Só de Jardim do Seridó. Caicó: FIP. 2011 . (Artigo Científico/Historiográfico)

ACCPJS - ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA CULTURAL DOS AMIGOS DA CASA DE CULTURA DE JARDIM DO SERIDÓ/RN

Imagem: Eleição para nova Diretoria da ACCPJS gestão 2011-2013

O município de Jardim do Seridó sempre foi caracterizado pela sua diversidade cultural, principalmente na esfera popular, por meio de seus atores, poetas, músicos, artesãos e grupos folclóricos. Cada um em determinada área, todos desenvolviam continuadamente as suas práticas culturais, práticas essas que fizeram e fazem parte da história do local.

Apesar de serem atuantes no município, tais grupos culturais sentiram a necessidade de formarem uma Associação Cultural na qual pudessem desenvolver as práticas culturais de forma institucionalizada, objetivando o melhoramento estrutural e o aperfeiçoamento das manifestações artísticas do município. Com efeito, aos 18 de dezembro do ano de 2007, reuniram-se em assembléia, representantes da cultura de Jardim do Seridó, para fundarem a “Associação Comunitária Cultural dos Amigos da Casa de Cultura Popular Poeta Antônio Antídio de Azevedo”, uma instituição sem fins lucrativos, voltada para o fomento das artes culturais de Jardim do Seridó/RN. Hoje, a organização é a primeira do município que reúne a maior parte (se não todas) das atividades culturais realizadas no local.


Imagem: Curso Básico de Violão

A associação cultural está presente na vida dos habitantes do local por meio do incentivo e divulgação das atividades culturais praticadas por aqueles grupos e indivíduos presentes no município além da formação cultural e sócio-educacional desses no município.


Imagem: Visita da Coordenadora pedagógica da ACCPS aos negros do Rosário

Na área de capacitação cultural já foram desenvolvidos cursos de artesanato (com foco na produção de bijuteria, bordado e pintura), culinária regional, música, com aprendizado de violão e incentivo as bandas de música (principalmente através da divulgação das filarmônicas por meio de encontros de bandas de música e curso de capacitação instrumental), palestras sobre desenvolvimento sócio-cultural, produção de oficinas e cursos  para a valorização das representações afro-brasileiras como capoeira e maculelê. Atualmente, a Associação que foi contemplada como Ponto de Cultura (Revelarte) realiza capacitações culturais nas áreas de música, com cursos básicos de violão e teclado, arte afro-brasileira, através da contribuição na transmissão, revitalização e manutenção das práticas culturais dos Negros do Rosário; oficinas de teatro e de artesanato.


Imagem: Encontro de Repentistas em Jardim do Seridó/RN

Através da LEI Nº 9.246, de 08 de julho de 2009 a ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA CULTURAL AMIGOS DA CASA DE CULTURA POPULAR POETA ANTÔNIO ANTÍDIO DE AZEVEDO foi reconhecida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte como uma Instituição de Utilidade Pública Estadual.

PERSONALIDADES DA CULTURA JARDINENSE: JÚLIO CASSIANO

Júlio José dos Santos nasceu no dia 05 de agosto de 1899, paraibano do município de Areia. Dizia “Terra dos Cunha Lima”. Foi criado de Barra de Santa Rosa para o brejo. Com 18 anos de idade veio residir em Jardim do Seridó. Casou-se com Jovina Costa dos Santos, com quem teve os seguintes filhos: José Costa, Expedito, Mário, Arminda, Josefa e Malvina. Era músico desde 1924, quando aprendeu com o mestre Honório Maciel, de São João do Sabugi.

Júlio tocava sax-tenor e sax-soprano na Banda Euterpe Jardinense, animando as festas tradicionais e carnavais em todo o seridó. Amava a música a ponto deixar outros afazeres para tocar. Deixou a banda por causa da idade, mas dizia que tinha muitas saudades da mesma.

Nas horas vagas, Júlio dedicava-se ao artesanato. Fabricava “bandas de música” e santos de “umburana”, com uma simples faquinha. Era surpreendente a variedade de “santos” que fazia. Foi conhecido como um dos melhores artesãos do Seridó. Na velhice, foi obrigado a recorrer a amigos, principalmente àqueles da banda. Fizeram um quarto no muro da “sede” da Euterpe para mesmo trabalhar, no qual ficou até o fim da sua vida. Júlio gostava de Jardim e aqui ficou até a morte. Faleceu no dia 27 de março de 1987. No seu sepultamento, assim como nos dos demais músicos, esteve presente a banda de música Euterpe Jardinense.

AZEVEDO. José Nilton. Vultos Populares de Jardim do Seridó. 1998

GRUPO DE TEATRO BELAS ARTES APRESENTA ESQUETE SOBRE BULLING




O grupo de teatro Belas Artes realizou no dia 22 de março de 2012 – última quinta-feira – a apresentação da esquete “Bulling na Escola” para os alunos do turno matutino da Escola Estadual Antônio de Azevedo.

A iniciativa - promovida pela referida instituição através da educadora Rita de Cássia - fez parte das comemorações do dia do teatro. A apresentação teve como objetivo esclarecer o que é o bullying no ambiente escolar e assim suscitar o respeito, a amizade e a solidariedade em substituição à atitudes agressivas.

A esquete “Bulling na Escola” foi apresentada pelas atrizes Laudimeiry Azevedo, Pâmela Sayonara, Valéria de Miranda e Ana Maria, essas três últimas recém integradas ao teatro através da “Oficina de Teatro” do projeto “Ponto de Cultura Revelarte” pertencente da ACCPJS que tem como representante o Sr. Gilberto Valdeger.

sexta-feira, 23 de março de 2012

PERSONALIDADES DA CULTURA JARDINENSE: ARTISTA PLÁSTICO IRON GARCIA




o artista plástico, Iron Garcia, nasceu em 07 de outubro de 1976 na cidade de Jardim do Seridó, passou a maior parte de sua vida residindo no povoado Santo Antônio (cobra), município de Parelhas e há três anos reside na cidade de Parelhas

Pintor e escultor despertou para as artes plásticas desde criança, observando a sua mãe confeccionar peças de artesanato e a partir do ano de 2005 decide dedicar-se totalmente as artes. Quando crescido, já construía esculturas em concreto, resina e gesso, além de produzir pintura com óleo sobre tela, a qual se tornou sua paixão. 

Perguntado pelo blog como é trabalhar e viver de arte, o artista plástico responde “sei que é muito difícil, mas a vida apesar de bela passa muito rápido e tenho que aproveitar o máximo o dom que Deus me deu”.

Veja Algumas Obras de Iron Garcia clicando nos links Abaixo:



CULTURA! HOJE TEM CANTORIA NO “BAR DO VASCO EDVANILSON” EM JARDIM DO SERIDÓ/RN




Os “cantadores repentistas” “Carlos Alberto” e “Benedito Nascimento” mais uma vez se apresentarão para o público em Jardim do Seridó, desta vez no “BAR DO VASCO – EDVANILSON”, nesta sexta-feira, (23) a partir das 19h00mim, no Bairro Alto Baixo, na Rua Heraclio Pires, próximo a “Academia de Raniere”.

Além da apresentação da dupla de “cantadores repentistas” recheada de “pelejas”, lindas “canções” e “poesias”, quem também irá se apresentar é o convidado especial dos cantadores, o também poeta Amazan. É imperdível!

Fonte: paulinhobarrapesada.blogspot.com

REPRESENTANTES DA CULTURA DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE JARDIM DO SERIDÓ PARTICIPAM DE REUNIÃO NA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO




Uma equipe de cultura do poder público do município de Jardim do Seridó participou na última segunda-feira, dia 19 de março de 2012, de uma importante reunião promovida pela Secretaria Extraordinária de Cultura / Fundação José Augusto no Teatro de Cultura Popular com o objetivo de tratar assuntos relacionados aos Autos que acontecem nas cidades do Rio Grande do Norte. Representando o município jardinense estiveram presentes o Secretário de Cultura José Renato de Araújo Azevedo, O Agente de Cultura da Casa de Cultura Popular Diego Marinho de Gois e a representante do Espaço Cultural Julio Cassiano Patrícia Azevedo. 

É interesse da Fundação José Augusto colaborar com os Autos existentes, através de apoio financeiro e técnico. E a reunião com a Secretária Isaura Rosado consistiu em ouvir os organizadores sobre as formas da FJA colaborar, através de editais, com os referidos eventos.

Fonte: Blog Aqui se Faz Cultura

quinta-feira, 22 de março de 2012

ARTE NA TELA... JARDIM DO SERIDÓ ATRAVÉS DAS LENTES DE ZÉ RICARDO.


Parcélio e Paulinho animando a festa de final de Ano em Jardim do Seridó/RN

terça-feira, 20 de março de 2012

IMAGENS DO CURSO BÁSICO DE TECLADO REALIZADO PELO PONTO DE CULTURA REVELARTE DE JARDIM DO SERIDÓ/RN



O Curso Básico de Teclado funciona na sede da Associação Cultural Artístico Musical Jardinense - ACAMJA que fica localizada à rua Santos Dumont (vizinho a residência de Delano da Ariaxé).

 Quem desejar participar do curso básico de Teclado pode procurar Cristóvão em seu Stúdio, a Diretoria da ACCPJS ou da ACAMJA.

sexta-feira, 16 de março de 2012

ARTE NA TELA... JARDIM DO SERIDÓ ATRAVÉS DAS LENTES DE ZÉ RICARDO.


Amazan e Samba Só matando as saudades dos Jardinenses

quinta-feira, 15 de março de 2012

sábado, 10 de março de 2012

HOJE TEM CANTORIA NO SÍTIO BURITI EM JARDIM DO SERIDÓ/RN



Os “cantadores repentistas” “Carlos Alberto” e “Benedito Nascimento” mais uma vez se apresentarão para o público, desta vez na zona rural, no sítio do saudoso “Inácio Lucas”, onde por muitos anos aconteceu o famoso “Forró de Inácio Lucas”, neste sábado, (10) a partir das 19h00mim, no sítio “Burití”.

Além da apresentação da dupla de “cantadores repentistas” recheada de “pelejas”, lindas “canções” e “poesias”, quem também irá se apresentar é o convidado especial dos cantadores, o também poeta Amazan. É imperdível!


sexta-feira, 9 de março de 2012

ARTE NA TELA... JARDIM DO SERIDÓ ATRAVÉS DAS LENTES DE ZÉ RICARDO.


Arrastão pelas ruas de Jardim do Seridó, com os Papangus de Zé Santana.

quinta-feira, 8 de março de 2012

DR. BRANDÃO: MITO E REALIDADE

Dr. Manoel Brandão


Dr. Manoel Brandão, popularmente conhecido como Dr. Brandão,nasceu na cidade de Currais Novos/RN, no dia 30 de outubro de 1905.Formado em Medicina no Rio de Janeiro, vei para Jardim do Seridó/RN por volta de 1932 para exercer sua profissão.

Jovem ainda, despertou o amor de várias moças jardinenses, inclusive de senhoras casadas, que escreviam cartas de amor para ele, colocando-as por baixo da porta de sua casa. Embora lguns jardinenses diam que ele não se insinuava para as mulheres, o que se sabe é que jardinenses do sexo masculino, preocupados com sua reputação de homens casados, irmãos ou parentes de donzelas, começaram a pressioná-lo por intermédio da justiça cogitando-se, inclusive, a possibilidade de sua  prisão.

A partir desse episódio, Dr. Manoel Brandão isolou-se da população, passando a viver trancado em sua casa, situada à rua Cel. Felinto Elísio, nº 78. Casa essa que lhe fora doada pela família da esposa do senhor Natanael, ex-fazendeiro do sítio Cabaceira, em troca de atendimento médico gratuito à família.

Por esse motivo, manteve-se afastado do convívio social até o fim de sua vida. Só saía para viajar (de madrugada, longe dos olhares do povo) para Recife/PE ou Rio de Janeiro/RJ. Cortava o cabelo por lá. Vivia sempre de terno preto sobre uma camisa branca de mangas compridas, deixando à mostra os punhos. Só aparecia à janela ou na área quando precisava de alguma coisa, alimento principalmente. Ficava olhando quem passava até aparecer alguém que lhe inspirasse confiança (era muito desconfiado), geralmente meninotes. Mas antes perguntava quem era sua família e só depois, caso se agradasse, fazia o pedido. Antes de sair, mandava que lavasse as mãos com álcool, alegando que o mundo estava cheio de micróbios e bactérias.

Residência de Dr. Brandão

Enquanto podia medicar, vivia das consutas que cobrava. Bom médico conhecido por sua competência profissional, era sempre procurado por pacientes que já não encontravam soluções para os seus males. Para serem atendidas por ele, as pessoas esperavam às vezes o dia inteiro. Não que ele tivesse uma agenda lotada, pelo contrário, eram poucas as pessoas que o procuravam, mas porque era raro o dia que estava disposto a atender alguém, e a pessoa passava todo o resto do dia batendo nas portas e nas janelas, implorando para ser atendida. Quando abria a porta, mandava o paciente entrar e o atendia na primeira sala de onde o paciente não passava.

Ninguém tinha acesso ao resto da casa depois de ouvir o paciente, mandava-o aguardar e se retirava para o interior da casa por alguns instantes, de onde voltava com a receita pronta. O efeito milagroso do remédio medicado, somadoa demora no interior da casa e ao mistério que ele preservava, levou a população a imaginar que ele trabalhava com espíritos e que eram eles que receitavam os medicamentos.

Criou-se assim um mito que, se Dr. Brandão não curasse é porque não havia cura. Outros mitos foram criados: falava-se na cidade que ele tinha comprado um carro e mandado lacrar a porta da garagem para que ninguém o visse quando viajava. Fazia-o de táxi e sempre altas horas da noite ou madrugada  para não ser visto. As raras pessoas em quem confiava não passavam da sala de fora e mantinha restrições. Ildete, filha de Maria de Genésio, era uma delas.

Em 1992, quando adoeceu para morrer, mandou chamá-la para comprar sua casa. Logo após a venda, morrera deitado numa rede no segundo quarto da casa sozinho, Deus, somente Deus foi testemunha ocular de suas mágoas, de suas dores, angústias e dos seus sofrimentos que não devem ter sido poucos. Ao acharem o corpo, a família foi comunicada. Era 1º de setembro de 1992 (causa da morte: problemas da próstata). A família veio, levou o dinheiro da venda e mandou que arrumasse todos os seus pertences pois iriam mandar buscá-los. No dia 02 do mesmo mês, foi sepultado em Currais Novos, no túmulo dos seus pais.

Após sua morte, agumas pessoas conheceram na realidade os mistérios de sua vida. Já velho e doente desconfiando de tudo e de todos, Dr. Brandão se entregou à decadência total. O mato tomou conta do muro, a cozinha havia caído por cima dos móveis, do fogão, e assim, havia permanecido até a sua morte (...). Nas paredes amarrotadas pelos anos, prescrições médicas copiadas para os mais diversos tipos de doenças, contendo os sintomas das mesmas, os medicamentos e as orientações aos pacientes.

Anos se vão desde que Dr. Brandão se foi. Muitos entraram naquela casa depois de sua morte e ainda continuam a entrar, mas alguns ainda temem de medo só de passar um anoitecer naquela residência.

Pouco resta ali de Dr. Brandão; seu escritório médico foi doado ao Museu Histórico de Jarim do Seridó/RN por Ildete Gomes, tendo sido totalmente restaurado pela ex-prefeita Maria José Lira de Medeiros. De resto ficou somente a sua lembrança, uma lembrança boa que nos faz imaginar as raras vezes que ele tirava as travas de madeira das portas e a esperança de muitos de que naquela casa, em algum canto exista uma botija que mais cedo ou mais tarde alguém irá recebê-la. Muita gente, inclusive, já sonhou com Dr. Brandão presenteando-a com essa botija. Se há ou não, ninguém sabe ao certo, mas se ele for dar a alguém, sinceramente, espero que seja a mim. 

Texto retirado de:

SILVA, Mílvia Araújo da (org.). História e Lendas de Nossa Terra. Jardim do Seridó/RN: SHM Informática, 2001. 83 p.