Júlio José dos Santos nasceu no dia 05 de agosto de 1899, paraibano do município de Areia. Dizia “Terra dos Cunha Lima”. Foi criado de Barra de Santa Rosa para o brejo. Com 18 anos de idade veio residir em Jardim do Seridó. Casou-se com Jovina Costa dos Santos, com quem teve os seguintes filhos: José Costa, Expedito, Mário, Arminda, Josefa e Malvina. Era músico desde 1924, quando aprendeu com o mestre Honório Maciel, de São João do Sabugi.
Júlio tocava sax-tenor e sax-soprano na Banda Euterpe Jardinense, animando as festas tradicionais e carnavais em todo o seridó. Amava a música a ponto deixar outros afazeres para tocar. Deixou a banda por causa da idade, mas dizia que tinha muitas saudades da mesma.
Nas horas vagas, Júlio dedicava-se ao artesanato. Fabricava “bandas de música” e santos de “umburana”, com uma simples faquinha. Era surpreendente a variedade de “santos” que fazia. Foi conhecido como um dos melhores artesãos do Seridó. Na velhice, foi obrigado a recorrer a amigos, principalmente àqueles da banda. Fizeram um quarto no muro da “sede” da Euterpe para mesmo trabalhar, no qual ficou até o fim da sua vida. Júlio gostava de Jardim e aqui ficou até a morte. Faleceu no dia 27 de março de 1987. No seu sepultamento, assim como nos dos demais músicos, esteve presente a banda de música Euterpe Jardinense.
AZEVEDO. José Nilton. Vultos Populares de Jardim do Seridó. 1998
Adoro ler estas materias sobre as pessoas mais antigas da nossa cidade. Voces estao de parabens. Edhe Maravilhosa NATAL
ResponderExcluirQuem conviveu com SEU JÚLIO,sabe da simplicidade e da alegria que ele semeava entre os colegas da Euterpe Jardinense.
ResponderExcluirAlém de instrumentista e artesão, poucos conheceram o seu lado de orador nato. Era comun encontra-lo nos batentes do "Quartinho da Sede",
proclamando inflamados discursos, enaltecendo as figuras ilustres de Getúlio Vargas, Joaquim Alves e Dona Maria de Januária. Segundo ele, as pessoas mais importantes do Brasil.
Fazia questão de deixar bem claro, que abaixo de Deus, a única coisa que lhe assustava, era a "Puliça da Paraíba".
Sem dúvidas, O Velho Júlio, deu uma grande contribuição para a Cultura de Jardim do Seridó.
Edhe Maravilhosa conheceu seu Júlio, assim como eu, e lendo as matérias desse maravilhoso blog da uma saudade danada daquele Jardim que aprendemos a amar e que hoje só existe nas lembranças... Infelizmente o cotidiano aqui nessa cidade não é dos melhores e isso não nos orgulha nenhum pouquinho em dizer por aí que somos de Jardim do seridó/RN, infelizmente.
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